Sou Mãe, Sou Magistrada: juízas do Piauí falam sobre os desafios da maternidade e da Magistratura

10 de maio de 2020

Hoje, Dia das Mães, a Associação dos Magistrados Piauienses celebra todas as mulheres que contribuem com o engrandecimento do Judiciário do Piauí. A seguir, alguns depoimentos de juízas sobre essas duas missões de vida: ser mãe e ser magistrada. É uma forma singela da Amapi agradecer e enaltecer a dedicação dessas grandes mulheres. Muito obrigado e parabéns a todas as Mães Magistradas!

Ser Magistrada e ser Mãe
É do ser humano sonhar e fazer escolhas.
Ao concluir a Faculdade de Direito, escolhi, já naquele momento, ser magistrada, o que viria a se tornar realidade no ano de 1978. No ano de 1983, fui abençoada com o nascimento de minha primeira filha, Liana, momento em que me vi tomada de Amor e pelo senso de responsabilidade pela Vida.  Apesar dos muitos desafios inerentes à profissão, em nenhum momento pensei em desistir de minhas escolhas, especialmente em razão do papel que família passou a desempenhar como esteio de minhas aspirações mais profundas. Por tudo que sinto, só posso concluir que, enquanto mãe, o principal a ser feito é vivenciar o Amor de nossos filhos, ensinando-lhes, nessa reciprocidade, a respeitar o próximo e aprender com eles a melhor conduzir nossas escolhas.
Hoje, abençoada por Deus, sou mãe de três seres humanos maravilhosos: Liana, Nathalie e Natan Filho, frutos do casamento com o meu marido, Natan, e realizada como magistrada, por nunca desistir diante dos desafios e ter conseguido lutar, ao longo de mais de 40 anos de Magistratura, pela isenção e imparcialidade da prestação jurisdicional.

Desembargadora Eulália Maria Ribeiro Gonçalves Nascimento Pinheiro
Primeira mulher a ingressar na magistratura estadual piauiense.
Primeira desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí
Primeira mulher a presidir o TJ-PI


“Desde criança fui fascinada pela carreira da magistratura pela natureza da profissão, servir a sociedade. Sempre gostei de ajudar o próximo com imparcialidade, equilíbrio e justiça. São as características com as quais me identifiquei para escolha da minha profissão. Apesar de ter consciência de que a função desempenhada por uma juíza não consiste em tarefa fácil, pois o cargo envolve uma grande responsabilidade já que se trata de decidir o destino de outras pessoas, é uma profissão encantadora. Ademais, o fato de ser mulher é desafiador, primeiro pelo preconceito que ainda existe na nossa sociedade e segundo por ter que estar disposta a encarar múltiplas funções, especialmente a maternidade. Ser mãe é a experiência mais fantástica e transformadora que uma mulher pode viver. Conciliar a profissão de Magistrada ou de qualquer profissão com a maternidade é extremamente difícil, mas não é impossível. Basta administrar o tempo para cada tarefa que, no fim, dá tudo certo. O amor que sentimos na alma ao gerar no nosso ventre um filho de Deus nos dá força para lutarmos e sermos sempre vencedoras”.

Juíza Carmen Maria Paiva Ferraz Soares

Titular do Juizado Especial Cível e Criminal de Altos


“Me sinto uma profissional realizada e consciente. Sempre busquei sabedoria, para levar aos meus filhos que o fruto da experiência, quando adquirido com amor e dedicação, nos torna mais felizes, amo o que faço. O que vale com os filhos é a intensidade, a qualidade do tempo, a quantidade de amor que você doa para eles. O amor se exprime de várias formas, é abrangente, pode ser manifestado inclusive com regras seguras e firmes que sempre são direcionamentos colocados na criação dos filhos, com os valores que defendemos e a experiência que cada filho vai adquirindo com o decorrer do tempo. Aproveito para desejar a todas que tiveram o dom da maternidade um “Feliz dia das Māes”.

Juíza Maria Luíza de Moura Mello e Freitas

Titular da 1ª Vara da Infância e Juventude de Teresina


 

 

“As dificuldades de conciliar a magistratura com a maternidade não são diferentes das demais carreiras e funções, somos mulheres e trazemos no nosso DNA essa multiplicidade de papeis: ser profissional, mãe, esposa, filha, dona de casa e etc. O começo foi difícil, pois deixei meus filhos e fui trabalhar em Parnaguá, distante 980km de Teresina. Os desafios iam desde orientar tarefas escolares, conciliar brigas, cantar para ninar, medicar, tudo por telefone. Penso que o importante é a minha realização nesses dois papéis: juíza e mãe. Talvez não tivesse sido uma boa mãe, se não realizasse o sonho de ser juíza e vice e versa, jogaria essa frustração na conta dos filhos. Fui, por 18 anos, mãe a distância, mas sempre presente na vida de meus filhos, pois nós mulheres nos viramos nos trinta e damos conta do recado. Hoje, aos 33 anos de serviço público, 24 de magistrada posso afirmar: sou feliz, sou realizada, sou mãe, sou magistrada, sou MULHER!”

Juíza Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho

Titular da 4ª Vara Criminal da Comarca de Teresina


“Ser juíza me faz feliz, mas ser mãe me completou. Conciliar quase nunca é fácil, é se doar a todo momento, mas entre vontades, desejos, anseios, inseguranças, angústias, realizações, alegrias e um amor infinito, me encontrei nas duas carreiras, a de juíza e a de mãe. O que me move? O amor pela Magistratura, mas principalmente pelo meu filho, por ele movo montanhas se for preciso!”.

Juíza Mariana Cruz Almeida Pires

Titular da Vara Única da Comarca de União

 

 


“Fazer o duplo papel, de magistrada e de mãe, é o que me ensina a ter mais empenho na profissão, a fazer o melhor de mim. Não deixando um papel atrapalhar o outro, mas sim encontrar nos dois papeis o significado de fazer um trabalho mais humano e melhor”.

Juíza Lygia Carvalho Parentes Sampaio

Titular da 2ª Vara Cível de Teresina

 

 

 

 


 

“Dia 29 de maio do corrente ano completo 18 anos de magistratura, sou da Turma de 2002 e continuo trabalhando no interior, contudo, sou feliz e realizada por ter conseguido conciliar as duas coisas mais importantes de minha vida: minha família e a profissão que abracei como um sacerdócio. Antes de ingressar na Magistratura, ocupei outros cargos públicos, contudo, os dois cargos mais importantes da minha vida são de MÃE da MARIANA e de magistrada”.

Juíza Maria do Socorro Rocha Cipriano

Titular da 2ª Vara da Comarca de Oeiras

 


 

 

“Minhas filhas, minha emoção, minha imortalidade! Simplesmente mãe!”

Juíza Lucicleide Pereira Belo

Titular da 8ª Vara Cível de Teresina e Coordenadora do NUPEMEC/TJPI

 

 

 


 

“Ser mãe e magistrada é saber administrar o tempo para mais próximo ao filho estar sem o trabalho prejudicar; É saber abnegar e sempre se doar; É se conformar que muitas vezes quando o filho chorar, não estará presente para acalentar; É necessitar ao extremo se dedicar, mesmo com poucas horas por noite para descansar; É saber superar frustrações e as lágrimas de muitos secar; É verdadeiramente amar”.

Juíza Anna Victória Muylaert Saraiva Cavalcanti Dias

Titular da 4° Vara Cível de Parnaíba

 

 


“Sonhos que se realizaram: ser mãe e magistrada. Quando estudava para ingressar na magistratura, o meu filho era pequeno e por anos viajei por esse Brasil afora na companhia dele em busca desse sacerdócio. O tempo passou, crescemos e o grande dia chegou, Deus escolheu o meu concurso. Nossas vidas mudaram. Novos caminhos foram trilhados. Diariamente, superamos a distância geográfica, com muito amor, respeito, cumplicidade e responsabilidade. Como sou grata e abençoada por exercer com muito amor, alegria, dedicação e responsabilidade as lindas missões a mim confiadas”.

Juíza Uismeire Ferreira Coelho

5ª Vara Criminal de Teresina (Auxiliar)

 

 


“É difícil conciliar duas missões que exigem dedicação integral: a de mãe e de magistrada. Mas, é o amor incondicional pelo meu filho e a vocação pela magistratura que me fazem seguir em frente. É na magistratura que eu exercito o senso de justiça que quero transmitir para meu filho; e é na maternidade que eu exercito a sensibilidade e o altruísmo que preciso ter na hora de decidir. E assim eu vivo realizada: como mãe e como magistrada!”

Juíza Tallita Cruz Sampaio

Vara Única da Comarca de Padre Marcos

 


“A maior força do mundo: o AMOR DE MÃE!!!

Juíza Gláucia Mendes de Macêdo

Juizado Especial Cível e Criminal de Teresina – zona Leste (JECC ZL2)

 

 

 


“Sempre dizem que as mães têm a habilidade de fazer mil coisas ao mesmo tempo, mas se esquecem de realçar o custo de tanta dedicação. Muitas vezes sofri, ao deixar meus filhos em casa e seguir para a comarca. Durante a minha jornada de trabalho, conciliar a administração da Unidade Judiciária com as demandas dos filhos sempre foi um desafio que, com a graça de Deus, venci. Mães não têm superpoderes mas se desdobram como super heroínas. Elas têm fé, força e vida! E é por isso que as culpas, os dilemas e desafios são vencidos. Mãe é sempre a última a desistir! Minha missão como magistrada findou, mas a missão como mãe nunca acaba. Sinto-me duplamente honrada! Louvo a Deus pelas duas inestimáveis dádivas. Parabéns para as demais mães!”

Juíza Benedita Maria Barros Araújo Lima

 

 


“Ser mãe e magistrada são duas missões de tamanha grandiosidade, que merecem ser desempenhadas com prudência, serenidade e, sobretudo, com muito amor!”.

Juíza Zelvânia Márcia Batista Barbosa

3ª Vara da Comarca de Parnaíba

 

 

 

 


 

“Sou magistrada, profissão que me realiza e em que atuo com dedicação e responsabilidade. Sou mãe e nos meu filhos encontrei o amor incondicional. Em seus sorrisos abrando minhas dificuldades, na companhia deles sou inteiramente feliz”.

Juíza Andréa Parente Lobão Veras

Vara Única da Comarca de Altos

 

 

 

 


“Juntos, sempre!”

Juíza Maria Helena Rezende Andrade Cavalcante

Juizado Especial Cível e Criminal de Piripiri

 

 

 

 


 

“Às vezes, sentia quando minha filha indagava por que eu não ia às festas do colégio. Coincidia com o horário das audiências e eu trabalhava a 50km da comarca onde a gente residia. Então, às vezes, é difícil conciliar os horários e até já pedi compreensão da minha filha. Mas o amor por ela é maior. E faço de tudo para que ela sinta que é sempre muito amada, mas que o trabalho também é importante e é preciso conciliar as duas coisas”

Juíza Maria da Conceição Portela
Titular da 1ª Vara da Comarca de Picos

 

 

 


“Ser mãe e magistrada sempre foram as minhas grandes realizações! E nestes 23 anos em que trabalho longe do meu único filho, sempre trabalhei com amor e levando-o no meu coração.”

Juíza Maria do Perpétuo Socorro Ivani de Vasconcelos
Titular da 1ª Vara Criminal de Parnaíba

 

 


“Sendo mãe me tornei uma pessoa melhor, mais madura mais realizada, mais plena. Sendo magistrada também me tornei uma pessoa mais compassiva e mais tolerante. Portanto o exercício da maternidade e da magistratura são fundamentais para minha evolução”.

Juíza Tânia Regina Sousa Guimarães Rocha

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