A juíza Lucicleide Pereira Belo, coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC), apresentou, na quinta-feira (28), a palestra “Leis Sistêmicas a Serviço da (Re)conciliação – Constelações Familiares no Judiciário”, durante o II Simpósio Nacional de Melhores Práticas em Solução de Conflitos, em Brasília. O projeto do Piauí foi escolhido pela organização do evento como uma prática exitosa de métodos consensuais de resolução de conflitos.
O projeto do NUPEMEC é desenvolvimento no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC Teresina), em parceria com o Núcleo de Soluções Sistêmicas, coordenado pela facilitadora e terapeuta integrativa Adriana Queiroz.
A juíza Lucicleide Belo explica que o objetivo da prática de Constelação Familiar no Judiciário é solucionar conflitos das partes envolvidas em litígios, trabalhando suas questões físicas e mentais. “Essa prática integrativa compõe mais um método de mediação e conciliação e visa à diminuição da judicialização pelos meios pacíficos. Essa experiência tem sido muito positiva para tratar e prevenir conflitos. Queremos colaborar com a construção de uma cultura de paz e, dessa forma, trazer celeridade aos trâmites no Judiciário”, afirma.
Em Brasília, a magistrada apresentou a metodologia do projeto, com casos solucionados por meio da prática, bem como dados atualizados da proposta no Piauí. “Já tivemos 120 processos convidados para participar das vivências práticas e com acordos realizados. Nós selecionamos os processos que podem participar, baseados no objeto da ação, e enviamos uma carta-convite às partes envolvidas. Geralmente são escolhidos temas relativos aos direitos de família, tais como divórcio, guarda, herança. Após o aceite, iniciamos os atendimentos em busca de uma solução pacífica para o caso”, finaliza a juíza Lucicleide Belo.
Cejusc/Nupemec
O Cejusc e o Nupemec são unidades do Poder Judiciário especializadas em atendimento ao público para a solução consensual de conflitos e orientação nas matérias relativas à cidadania, com auxílio de um conciliador. Os serviços de conciliação e mediação possibilitam às partes envolvidas em um conflito a resolução por meio de um acordo satisfatório, de modo a evitar a sua judicialização.